osmc:Convenções/Coberturas municipais: mudanças entre as edições

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Grade logistica incial de Tunja, onde se percebe a redução em 1 dígito nas áreas urbanas, devido ao uso de overlay.
Grade logistica incial de Tunja, onde se percebe a redução em 1 dígito nas áreas urbanas (contorno azul), devido ao uso de overlay.


==Estabilidade e reserva==
==Estabilidade e reserva==

Edição das 18h00min de 19 de novembro de 2023

Coberturas base e overlay de Tunja (CO-15001).

Conceitos de cobertura-base e cobertura-overlay. Nas ilustrações tomaremos o exemplo de Tunja, primeiro municipio da Colômbia a adotar os OSMcodes.

Para que o osmCode logístico possa fazer uso de um prefixo mnemônico, que conforme o país será baseado no nome ISO (ex. BR-SP-Campinas) ou no código oficial do município (ex. CO-15001); é necessário que o sufixo, baseado em grade, seja totalmente compatível com a geometria do município.

Grade de referência

Em países pequenos, conforme destacado nas decisões soberanas sobre área territorial do país, apenas a grade científica é usada (geocódigos base16h orientados a dígitos de 4 bits).

Em países maiores, é necessário usar um geocódigo mais compacto, com dígitos de 5 bits (notação de base 32). Para tanto é eleito um subconjunto da grade científica que seja compativel com 5 bits a partir da grade de 1 metro. Esse subconjunto é denominado Grade logística. Apesar de ser compatível entre diferentes municípios do país, ele não é utilizado como "grade nacional", apenas como "grade municipal", justamente porque seu geocódigo parte do prefixo mnemônico da jurisdição municipal.

Cobertura-base

Cobertura-base de Tunja, composta de 11 células, já rotuladas pelo indexador base32.

É o conjunto de células maiores da grade logística municipal: elas não possuem "células-mãe". Se der sorte de o município ter mais que 25% do seu território coberto por uma única célula, a indexação e a cobertura-base serão dispensadas, mas isso é muito raro de ocorrer. Numa situação típica elege-se o nível de grade com 2 a 30 células.

Ver também osmc:Convenções/Coberturas municipais/Algoritmos#Cobertura-base.

Cobertura-overlay

Se a cobertura-base não gastou muitas células (menos que 30) e se o município não é dominado por áreas urbanas, pode-se otimizar os geocódigos do núcleo urbano com células de cobertura menores.

Osmc-Tunja-Overlay-build.png

Acima a construção da cobertura-overlay de Tunja a partir da grade científica, buscando-se as áreas urbanas contíguas a partir do núcleo; e seu resultado já indexado em complemento à cobertura-base. O núcleo urbano do município é definido pela Wikipedia: no caso de Tunja fixou-se geo:5.5333,-73.3667.

A finalidade da cobertura-overlay é proporcionar maior encurtamento de geocódigo nas áreas urbanas ou mais densamente povoadas, atendendo melhor a um número maior de usuários. Devido à alta concentração em pequenas regiões, pode relevante. Na ilustração a distribuição populacional da Colômbia, destacando grandes vazios e picos de densidade populacional.

OSMC-cover-overlay-pop-CO.png

A estratégia de privilegiar essas regiões foi usada em outros geocódigos, tais como CEP, ZIP code, Mapcod e PlusCode. Em particular a estratégia de coberturas heterogêneas adotada, para reduzir dígitos, é muito parecida com a Mapcod.

Visualização

Quando o município faz uso de cobertura-overlay, a melhor forma de mostrar a grade de referência é destacando a distribuição de geocódigos com e sem overlay.

Osmc-Tunja-gredeLogisticaInicial.png

Grade logistica incial de Tunja, onde se percebe a redução em 1 dígito nas áreas urbanas (contorno azul), devido ao uso de overlay.

Estabilidade e reserva

Quando uma cobertura municipal é criada, a recomendação é deixar uma reserva de pelo menos 2 células. Elas serão adicionadas com novos índices em caso de expansão ou mudança territorial.

Importante lembrar que mudanças "por equivoco" não ocorrem devido ao "projeto OSM Stable", e os índices (primeiro dígito) não mudam mais depois que a cobertura é homologada com os representantes da jurisdição.

As seguintes situações, com respectivos riscos de ocorrência e impactos, podem ocorrer sobre o geocódigo logístico, quando oficialmente utilizado como código postal:

Situação Risco Impacto nos geocódigos
Mudança de nome baixo Nenhum se o país não usa nome, como no caso da Colômbia (usa DIVIPOLA).
Baixo se usa nome. Requer gestão de transição do prefixo, como no caso do Brasil.
Mudança territorial por imprecisão cartográfica médio Baixo. A mudança "sutil" de fronteiras é bem documentada no OpenStreetMap. No OSMcodes são gerenciadas por períodos de estabilidade através do "projeto OSM-Stable", no git. O impacto maior é a troca de município em endereços próximos da fronteira, portanto troca de prefixo e/ou de dígito indexador. O sufixo, mesmo de endereços da cidade vizinha, não é afetado, justamente por regra de construção do OSMcodes Logístico, todo baseado na mesma grade.
Aumento acentuado percentual urbano médio condicional Mínimo. Os moradores de áreas recém-urbanizadas recebem positivamente o impacto de novos overlays, que proporcionam geocódigos mais curtos (tipicamente impacto da troca de 2 dígitos pelo indexador). Em seguida, com o consumo da reserva, não haverá mais esse benefício, mas ao contrário, não há pressão da população por esse benefício, justamente por haver pressão maior por estabilidade.
Condição de risco: quanto maior o município, menor o risco de aumento percentual de área urbanizada. No Brasil, p. ex., o risco maior é nos 8% de municípios com menos de 100 km2.
Mudança territorial por demarcação baixo Baixo se absorvido por coberturas de reserva, com impacto análogo ao caso da mudança por imprecisão.
Alto se não-absorvido. A mudança por demarcação é arbitrária, podem ocorrer desmembramentos ou acréscimos, até mesmo extinção de municípios. Cabe à jurisdição afetada gerenciar o impacto.

A noção mais realista da estabilidade territorial das unidades jurídicas de um país vem da estatística aplicada ao histórico principalmente jurídico. O número médio anos que ficou sem uma mudança, dentro de uma amostra de 20 anos, e a média de mudanças por ano, são indicadores do risco.

Alguns indícios podem ser levantados com apoio do OSM e da Wikidata, mas o ideal é realizar o levantamento com apoio do órgão local (por ex. IBGE no caso do Brasil e DANE no caso da Colômbia). o levantamento de evidências e a estimativa de risco/estabilidade é pré-requisito para a assinatura de acordos, principalmente quando envolvendo o compromisso de uso do OSMcodes como código postal oficial.

Ver também

(Pendências)

Overlay:

Algoritmo de overlay:

  1. cobrir area urbana;
  2. ordenar células overlay por % de área urbana que contém;
  3. Ficar com as que cobrem maior area, até limite de 30 celulas.

Humanos calibrando valor de resto e de poeira

Em alguns casos como SaoJoaoCariri ainda cabe o uso de uma cobertura-base mais densa: neste caso com 31 celulas. E talvez avaliar de um pouco mais de 100 m2 ajude a descartar celulas de poeira.