DGGS/Proj/Planos concorrentes: mudanças entre as edições
mSem resumo de edição |
(add exemplo BR) |
||
Linha 14: | Linha 14: | ||
Na Geometria clássica, que aprendemos na escola, os planos são infinitos, e se não são paralelos, serão concorrentes. Algebricamente dizemos que dois planos concorrentes, alpha e beta, possuem interseção na reta ''r''. Planos finitos são conjuntos, suponhamos as porções A e B de alpha e beta respectivamente... | Na Geometria clássica, que aprendemos na escola, os planos são infinitos, e se não são paralelos, serão concorrentes. Algebricamente dizemos que dois planos concorrentes, alpha e beta, possuem interseção na reta ''r''. Planos finitos são conjuntos, suponhamos as porções A e B de alpha e beta respectivamente... | ||
Conectando A e B através de uma dobradiça, podemos imaginar pequenos movimentos de giro em torno da reta ''r''. A dobradiça requer no mínimo 2 pontos sobre cada plano, para garantir que a peça não gire em torno do parafuso de fixação. | Conectando A e B através de uma '''dobradiça''', podemos imaginar pequenos movimentos de giro em torno da reta ''r''. A dobradiça requer no mínimo 2 pontos sobre cada plano, para garantir que a peça não gire em torno do parafuso de fixação. | ||
[[Arquivo:Proj-hingeConnectPlanes1.png|center|420px]] | [[Arquivo:Proj-hingeConnectPlanes1.png|center|420px]] | ||
Linha 24: | Linha 24: | ||
# A conexão por dobradiça requer no mínimo 2 pontos de cada lado da dobradiça. | # A conexão por dobradiça requer no mínimo 2 pontos de cada lado da dobradiça. | ||
# Uma nova peça só pode ser encaixada através de uma só dobradiça, cruzando com a peça a que foi conectada, sem interferir nas demais. | # Uma nova peça só pode ser encaixada através de uma só dobradiça, cruzando com a peça a que foi conectada, sem interferir nas demais. | ||
==Experimentos com o Brasil== | |||
[[Arquivo:BR-Planaltos1.png|miniaturadaimagem|Grandes planaltos e planícies brasileiras.]] | |||
Experimentando diferentes recortes do Brasil, por exemplo um partindo do retângulo central, outro partindo de um hexágono. As junções são indicadas por dobradiças. | |||
[[Arquivo:Proj-Hinge-BR1.png|center|680px]] | |||
O mais eficiente seja quebrar em triângulos que cubram os [[wikipedia:Brazilian Highlands|grandes planaltos]] e planícies, mas ainda assim estaria longe de ser um "ajuste satisfatório" para o relevo brasileiro. Como, felizmente, as diferenças entre média de altitude das formações são da ordem de meio a 1 km, as diferenças são toleráveis. | |||
Provavelmente um grande plano médio pode ser tão bom quanto um conjunto de ajustes mal aproximados ao relevo. A Projeção Cônica de Albers provavelmente ainda será bem melhor do que "sub-ajustes de uma projeção DGGS". |
Edição das 12h09min de 30 de abril de 2023
A seguir uma explicação didática do "jogo dos planos conectados por dobradiças", que ajuda a explicar:
- Porque apenas projeções gnômicas (plano tangente a um ponto na esfera) podem ser conectadas.
- Porque apenas poliedros regulares ajustados sobre o globo permitem a projeção igual-area de um DGGS.
- Porque o [wikipedia:Universal_Transverse_Mercator_coordinate_system|padrão UTM], que dividiu o globo em 60 projeções de 6 graus (zonas UTM), não permite a concatenação entre zonas.
- A melhor solução para uma projeção Nacional, ou ajuste das projeções à superfície da nação.
Na Geometria clássica, que aprendemos na escola, os planos são infinitos, e se não são paralelos, serão concorrentes. Algebricamente dizemos que dois planos concorrentes, alpha e beta, possuem interseção na reta r. Planos finitos são conjuntos, suponhamos as porções A e B de alpha e beta respectivamente...
Conectando A e B através de uma dobradiça, podemos imaginar pequenos movimentos de giro em torno da reta r. A dobradiça requer no mínimo 2 pontos sobre cada plano, para garantir que a peça não gire em torno do parafuso de fixação.
Estas são as "regras do jogo" para se conectar mais peças planas, mantendo a mobilidade, sem travar a dobradiça:
- As peças são planas
- Duas peças podem ser conectadas perfeitamente através de um segmento de reta.
- A conexão por dobradiça requer no mínimo 2 pontos de cada lado da dobradiça.
- Uma nova peça só pode ser encaixada através de uma só dobradiça, cruzando com a peça a que foi conectada, sem interferir nas demais.
Experimentos com o Brasil
Experimentando diferentes recortes do Brasil, por exemplo um partindo do retângulo central, outro partindo de um hexágono. As junções são indicadas por dobradiças.
O mais eficiente seja quebrar em triângulos que cubram os grandes planaltos e planícies, mas ainda assim estaria longe de ser um "ajuste satisfatório" para o relevo brasileiro. Como, felizmente, as diferenças entre média de altitude das formações são da ordem de meio a 1 km, as diferenças são toleráveis.
Provavelmente um grande plano médio pode ser tão bom quanto um conjunto de ajustes mal aproximados ao relevo. A Projeção Cônica de Albers provavelmente ainda será bem melhor do que "sub-ajustes de uma projeção DGGS".