DNGS/Decisões soberanas: mudanças entre as edições

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Os [[geocódigos]] oficiais de um pais fazem parte da sua [[Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais]] (INDE), e esses geocódigos oficiais, para que sejam eficientes e interoperáveis com outros países, devem ser aderentes ao [[Discrete National Grid Systems|padrão DNGS]].
Os [[geocódigos]] oficiais de um pais fazem parte da sua [[Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais]] (INDE), e esses geocódigos oficiais, para que sejam eficientes e interoperáveis com outros países, devem ser aderentes ao [[Discrete National Grid Systems|padrão DNGS]].


Geocódigos podem ser utilizados nas mais diversas aplicações, atendendo a [[Open Data Index|múltiplas finalidades]]: os mesmo padrão de geocódigos atribuídos a endereços postais, zoneamento censitário, demarcação de terras, e utilizados no intercâmbio e nos mais diversos sistemas de informação geográfica oficiais do país.
Geocódigos podem ser utilizados nas mais diversas aplicações, atendendo a [[Open Data Index|múltiplas finalidades]]: o mesmo padrão de geocódigos atribuídos a endereços postais, zoneamento censitário, demarcação de terras, e utilizados no intercâmbio e nos mais diversos sistemas de informação geográfica oficiais do país.


O geocódigo e a sua grade de referência se tornam parte da cultura do país, portanto deve também aderir às peculiaridades culturais e geográficas do país. O padrão DNGS reconhece essa necessidade e dá liberdade suficiente para o ajuste das peculiaridades sem comprometimento da eficiência ou da compatibilidade com outras nações. O ajuste é feito através de conjunto de decisões: a cada decisão opta por uma característica do seu geocódigo.
O bom sistema de geocódigos (e respectivo sistema de grades), quando bem usado, se torna parte da cultura do país. Portanto o desenho de um bom geocódigo deve atender às peculiaridades culturais e geográficas do país. O padrão DNGS reconhece essa necessidade e dá liberdade suficiente para o ajuste das peculiaridades sem comprometimento da eficiência nem da interoperabilidade. O ajuste é feito através de decisões: a cada decisão o país opta por uma ou outra dessas "características flexíveis" do geocódigo DNGS.


Todo país é soberano para ajustar o seu geocódigo, o padrão DNGS portanto oferece uma '''Árvore de decisões soberanas que resultam nas características do novo geocódigo do país'''.  Configura-se como '''metodologia DNGS''' para a implantação de novos geocódigos, e totalmente isenta de [[DNGS/Justificativas|risco patentes ou fechamento de dados]].
Todo país é soberano para ajustar o seu geocódigo, o padrão DNGS portanto oferece uma '''Árvore de decisões soberanas que resultam nas características do geocódigo do país'''.  É o pilar da '''metodologia DNGS''' para a implantação de novos geocódigos, e totalmente isenta de [[DNGS/Justificativas|risco patentes ou fechamento de dados]]. A metodologia é orientada ao país, não aos fornecedores de tecnologia.


[[Arquivo:Osmc-method-reduced.png|miniaturadaimagem|580px|Árvore de decisão para adoção de geocódigos aderentes ao padrão DNGS. Decisões soberanas "D" e ações "A". <br/>Versão simplificada de {{ref|KraEtAll2022a}}.]]
[[Arquivo:Osmc-method-reduced.png|miniaturadaimagem|580px|Árvore de decisão para adoção de geocódigos aderentes ao padrão DNGS. Decisões soberanas "D" e ações "A". <br/>Versão simplificada de {{ref|KraEtAll2022a}}.]]
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São todas decisões soberanas, e que impactam na escolha final de um sistema de coordenadas otimizado para a nação. A origem dos eixos XY desse sistema será eleita em conformidade com essas decisões. Em seguida o tamanho da box também um padrão nacional, pois vai definir os identificadores de grade.
São todas decisões soberanas, e que impactam na escolha final de um sistema de coordenadas otimizado para a nação. A origem dos eixos XY desse sistema será eleita em conformidade com essas decisões. Em seguida o tamanho da box também um padrão nacional, pois vai definir os identificadores de grade.
=== D2.2. Ajuste da Cobertura L0 ===
Apesar das decisões tomadas (projeção, origem e polígono nacional) e das convenções DNGS para se fixar um máximo de 16 células de cobertura territorial definidoras da grade nacional, essas células do nível ''L0'' estão sujeitas a ajustes menores, não resolvidos pelas convenções. Eles se devem principalmente ao erro de delimitação das bordas (e sua variação),  às decisões por reserva (caso a nação esteja sujeita a mudanças territoriais maiores) e às decisões de desmembramento. Ver [[osmc:Metodologia#Indexação_L0|Indexação L0 na Metodologia DNGS]].


== D3a. Área territorial pequena?==
== D3a. Área territorial pequena?==
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=== D3b2. Coberturas logísticas uniformes? ===
Outro impacto da utilização da base32 vem do fato de ser um subconjunto muito menor de grades, com menos níveis:
* Coberturas municipais uniformes: apenas base 32 válidas. Garante a compatibilidade de células entre municípios, todos com mesmo tamanho, e todos chegando até o metro.
* Coberturas municipais livres: perde a compatibilidade, ganha poder de cobertura (dispensa ou reduz uso de [[osmc:Convenções/Coberturas_municipais#Cobertura-overlay|overlay]]).


== D4. Intervalos de geocódigos?==
== D4. Intervalos de geocódigos?==
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[[Arquivo:Sfc4q-intervals-Z-problem2.png|miniaturadaimagem|480px|Intervalos 4-9 (verde), 28-34 (lilás) e 55-58 (azul), mostrando o crescente de interrupções na Curva de Morton conforme se avança no tamanho da grade. Os intervalos são sempre contíguos em Hilbert.]]
[[Arquivo:Sfc4q-intervals-Z-problem2.png|miniaturadaimagem|480px|Intervalos 4-9 (verde), 28-34 (lilás) e 55-58 (azul), mostrando o crescente de interrupções na Curva de Morton conforme se avança no tamanho da grade. Os intervalos são sempre contíguos em Hilbert.]]


<!-- Em computação, o balanceamento de cargas entre partições de disco requer a escolha de geocódigos de diferentes grades da hierarquia, mas uma segunda estratégia é a escolha de-->
Quando associamos as células de uma grade a uma grandeza, tal como população, podemos escolher conjuntos de células contíguas que proporcionem uma distribuição uniforme da grandeza. Os conjuntos podem ser identificados de duas forma:
Quando associamos as células de uma grade uma grandeza, tal como população, podemos escolher conjuntos de células contíguas que proporcionem uma distribuição uniforme da grandeza. Os conjuntos podem ser identificados de duas forma:


# Pelo geocódigo da célula-mãe:  geocódigo resultante do prefixo comum das células do conjunto.  
# Pelo geocódigo da célula-mãe:  geocódigo resultante do prefixo comum das células do conjunto.  
# Por um intervalo de geocódigos de células vizinhas: dois geocódigos, da primeira e da última célula do intervalo.
# Por um intervalo de geocódigos de células vizinhas: dois geocódigos, da primeira e da última célula do intervalo.


A segunda forma, além de poder ser usada com a primeira, proporciona maior flexibilidade, portanto garantia maior de balanceamento. No exemplo, a garantia de que a soma da população resultante em diferentes intervalos terá aproximadamente a mesma. Por conterem todos aproximadamente o mesmo valor total da grandeza distribuída pelas suas células, dizemos que são ''partições''. Uma aplicação importante em computação a distribuição equilibrada do consumo de disco (volume em bytes) pelas partições, a escolha adequada dos intervalos resulta em um bom ''balanceamento de carga'' entre as partições. Em uma tabela de pontos de endereço, por exemplo, podemos esperar que a quantidade de pontos por partição será aproximadamente a mesma.
A segunda forma, além de poder ser usada com a primeira, proporciona maior flexibilidade, portanto garantia maior de balanceamento. No exemplo, a garantia de que a soma da população resultante em diferentes intervalos terá aproximadamente a mesma. Por conterem todos aproximadamente o mesmo valor total da grandeza distribuída pelas suas células, dizemos que são ''partições''. Fisicamente cada partição estará armazenada em um mesmo arquivo [[Apache_Parquet#Partição|Parquet]] ou [[GeoJSON#Partição_em_git|GeoJSON]].
 
Uma aplicação importante em computação é a distribuição equilibrada do consumo de disco (volume em bytes) pelas partições. A escolha adequada dos intervalos resulta em um bom ''balanceamento de carga'' entre as partições. Em uma tabela de pontos de endereço, por exemplo, podemos esperar que a quantidade de pontos por partição será aproximadamente a mesma. Como o registro de cada ponto consome uma quantidade fixa de bytes, temos também um bom balanceamento de carga.


Outras aplicações, tais como definição de setores territoriais na gestão pública, podem também fazer uso de intervalos.
Outras aplicações, tais como definição de setores territoriais na gestão pública, podem também fazer uso de intervalos.
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