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* Expansão do protocolo GeoURI (RFC 5870 da internet) visando a interoperabilidade de geocódigos nacionais soberanos | * Expansão do protocolo GeoURI (RFC 5870 da internet) visando a interoperabilidade de geocódigos nacionais soberanos | ||
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Geocodigos abertos (licenca CC0 por exemplo) | |||
contemplam multiplas finalidades. Quando hierarquicos | |||
agregam inteligencia e simplicidade. | |||
===Proposta de expansão para incluir geocódigos soberanos=== | |||
* Sintaxe com jurisdição ''j'': <code><nowiki>geo:j~g</nowiki></code> | |||
*: Exemplos: <code><nowiki>geo:BR-SP-ITU~7e</nowiki></code>; <code><nowiki>geo:BR-SP-SPA~cdx5</nowiki></code>; <code><nowiki>geo:IE~W23.F854</nowiki></code>. | |||
* Sintaxe com tipo ''t'': <code><nowiki>geo:t:g</nowiki></code> | |||
*: Exemplos: <code><nowiki>geo:ghs:6gycdx</nowiki></code>; <code><nowiki>geo:olc:588MC8QV+C</nowiki></code>. | |||
A primeira opção é baseada no código ISO de 2 letras do | |||
pais. A Irlanda (IE) definiu, oficial e soberanamente, seu | |||
geocódigo. Outros paises poderiam ainda adotar o ISO | |||
de subdivisão, como o ISO 3166-2:BR. São códigos | |||
mnemônicos bem conhecidos, ensinados nas escolas | |||
(ex. BR-AM é Estado do Amazonas). | |||
=== A autonomia de cada pais, a liberdade de uso e a hierarquia são as principais diretivas === | |||
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=== Com geocódigos hierárquicos é possível definir a sintaxe de reuso === | |||
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== ARTIGO == | |||
* Proposta do Brasil para o mundo: Expansão do protocolo GeoURI (RFC 5870 da internet) visando a interoperabilidade de geocódigos nacionais soberanos | |||
* PETER DE PADUA KRAUSS 1 | |||
* THIERRY JEAN 1 | |||
* EVERTON BORTOLINI 2 | |||
* 1 AddressForAll, São Paulo - SP | thierry@addressForAll.org | |||
* 2 Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR | evertonbertanbortolini@gmail.com | |||
Aplicativos e navegadores Web (web browsers) recuperam páginas e outras informações | |||
provenientes de um endereço de IP na rede, através de protocolos tais como o HTTP. Mas o número de | |||
IP, com seus 12 ou mais dígitos, apesar de ter sido utilizado por humanos nos primórdios da Internet, é | |||
horroroso. Hoje a interação humano-Web é quase que integralmente mediada pelo nome de domínio, | |||
muito mais amigável e mnemônico. Analogamente, e dentro do mesmo ecossistema de normas da | |||
internet, o protocolo GeoURI [1], ainda pouco popular apesar dos seus 10 anos de idade, opera com um | |||
código difícil de se lembrar, que é o par numérico de latitude e longitude. A localização GeoURI do | |||
Marco Zero da Cidade de São Paulo, por exemplo, é determinada por “geo:-23.550385,-46.633956”. São | |||
16 dígitos numéricos e 21 caracteres ao todo para serem lembrados. | |||
Em sua forma mais simples, o localizador GeoURI segue a sintaxe “geo:x,y” como no exemplo. | |||
Para informar a incerteza i, segue a sintaxe “geo:x,y;u=i”. Aplicações típicas, tais como a localização de | |||
endereços postais, operam de forma satisfatória com a incerteza de 5 a 50 metros. Se o destino do | |||
passageiro de um taxi for o Marco Zero, é suficiente expressar “geo:-23.55039,-46.63400;u=15”. | |||
Seguindo a analogia com o HTTP, seria interessante que o protocolo GeoURI aceitasse também | |||
nomes ao invés de apenas números, para conquistar maior aderência e ser útil em aplicações que | |||
exigem interação humana e memorização. Não existem nomes curtos ou siglas para todas as localidades | |||
do globo terrestre, todavia, se entendermos que a localização geográfica é uma função da escala, ou de | |||
uma hierarquia de escalas, descobriremos que já existem nomes padronizados para os primeiros níveis | |||
dessa hierarquia, que são os códigos ISO 3166-2 dos países e suas subdivisões administrativas de | |||
primeiro nível. Por exemplo “Brasil, Estado do Amazonas” é geocodificado como “BR-AM" | |||
O geocódigo ISO é primeiramente traduzido em polígono. A coordenada pontual é obtida do | |||
centro geométrico do polígono, e a incerteza do raio da circunferência com área equivalente. Podemos | |||
assim convencionar que “geo:BR” representa aproximadamente o ponto central do país, algo como | |||
“geo:-15.783,-47.867;u=2000000”. O acréscimo da sigla de um estado, como em “geo:BR-SP”, | |||
determina um ponto diferente, central ao polígono delimitador do estado, e com uma incerteza menor, | |||
algo como “geo:-22.07,-48.434;u=280000”. | |||
Para localizar o ponto desejado com menor incerteza, até a escala de uma dezena de metros, | |||
voltamos a um sistema de coordenadas, mas agora um sistema com escopo reduzido, conforme | |||
contextualizado pelo nome ISO de subdivisão administrativa. Contextualizando por ex. com “BR-AM”, | |||
reduzimos o escopo da superfície terrestre inteira para a área do Amazonas. | |||
Além do sistema de referência otimizado, pode-se adotar um sistema numérico de representação | |||
das coordenadas que reduza o número de dígitos. Números hexadecimais (base-16) por exemplo são | |||
~20% mais compactos que decimais (base-10), e mais compactos ainda na base-32. Por exemplo 10 | |||
dígitos decimais são reduzidos para 7 a 8 hexadecimais, ou para 6 na base-32. | |||
Existem de fato, e vêm sendo aprimorados desde a década 1970, sistemas de localização por | |||
geocódigos [2], tais como por exemplo o sistema Geohash, que dota base-32 e surgiu em 2008; ou o | |||
sistema Open Location Code (OLC), lançado em 2014. A localização em Geohash do Marco Zero, com | |||
incerteza de 15 metros, é “6gyf4bf1”, com a metade do número de dígitos das coordenadas | |||
latitude/longitude que representa. Outro ponto, distante dali em 75 km, a Praça Dom Pedro I, na cidade | |||
de Itu (BR-SP-ITU), recebe o Geohash “6gy7et7j”. Como todos os demais pontos do território de Itu são | |||
iniciados pelo prefixo Geohash “6gy”, podemos imaginar um geocódigo misto para substituir o prefixo | |||
Geohash pelo nome, e separando ambos por “~”, o que resultaria em “BR-SP-ITU~7et7j”. Na prática, | |||
para o morador de Itu, seria necessário decorar apenas os 5 caracteres finais. | |||
Geocódigos mistos permitem a manipulação de contexto de forma mais segura, ou seja, humanos | |||
podem remover o prefixo sem medo, obtendo códigos mais curtos quando o contexto for evidente. | |||
Nesta perspectiva a presente proposta de expansão do protocolo GeoURI consiste na sintaxe | |||
“geo:p~g”, onde p é um geocódigo ISO 3166-2 de país (“BR” para Brasil, “BO” para Bolívia, etc.) com | |||
hierarquia opcional (ex. “BR-AM”) e g é um geocódigo qualquer, com padrão estabelecido pelo país. No | |||
exemplo da praça em Itu, se fosse oficial, a expressão GeoURI completa seria “geo:BR-SP-ITU~7et7j”. | |||
Para estabelecer referência no contexto inicia-se pelo ponto, por exemplo “geo:.7et7j” se estou | |||
em Itu, ou “geo:.ITU~7et7j” se estou em SP; com critérios e formalização dos cenários em que se aplica. | |||
Quando um ponto de referência foi definido (“Olá, estamos aqui em geo:.7et7j e você onde está?”), | |||
pode-se iniciar pelo sinal de menos, para determinar o ponto vizinho pela diferença dentro da mesma | |||
incerteza (“Estou em geo:-b3”), ou seja, supondo o mesmo número de dígitos. | |||
No território delimitado pela Irlanda (IE), nação que já definiu o seu padrão de geocódigo oficial, | |||
denominado Eircode, um endereço típico, “W23 F854”, seria expresso como “geo:IE~W23.F854”. | |||
Por fim, para que geocódigos mais populares possam ser expressos diretamente, convencionamos | |||
também a sintaxe “geo:t:g”, onde t é tipo de geocódigo, em rótulo curto controlado (por ex. “ghs” para | |||
Geohash, “olc” para OLC, etc.). O Marco Zero poderia ser expresso como “geo:olc:588MC9X8+R” ou | |||
“geo:ghs:6gyf4bf1”. Os rótulos de tecnologia de geocódigo seriam definidos e limitados por uma | |||
curadoria análoga a aquela que define os identificadores de CRS (coordinate reference system). | |||
REFERÊNCIAS: | |||
:[1] Descrição didática do padrão Geo URI. https://en.wikipedia.org/wiki/Geo_URI_scheme | |||
:[2] Conceito de Geocódigo. https://en.wikipedia.org/wiki/Geocode | |||
[[Categoria:Ref-list]] |
Edição atual tal como às 10h19min de 12 de junho de 2023
Poster e Artigo curto. Passar para Geo URI estendida
POSTER
- Original em https://osm.codes/_foundations/2sbide_poster-GeoURI-v2.pdf
- Expansão do protocolo GeoURI (RFC 5870 da internet) visando a interoperabilidade de geocódigos nacionais soberanos
- Peter Krauss, Thierry Jean e Everton Bortolini
Aplicativos e navegadores Web (web browsers) recuperam páginas e outras informações provenientes de um endereço de IP na rede, através de protocolos tais como o HTTP. Mas o número de IP, com seus 12 ou mais dígitos, apesar de ter sido utilizado por humanos nos primórdios da Internet, é horroroso. Hoje a interação humanos-Web é quase que integralmente mediada pelo nome de domínio, muito mais amigável e mnemônico. Analogamente, e dentro do mesmo ecossistema de normas da internet (RFC), o protocolo GeoURI, ainda pouco popular apesar dos seus 10 anos de idade, opera com um código difícil de se lembrar, que é o par numérico de latitude e longitude. A localização GeoURI do Marco Zero da Cidade de São Paulo, por exemplo, é determinada por “geo:-23.550385,-46.633956”. São 16 dígitos numéricos e 21 caracteres ao todo para serem lembrados.
Sintaxe de uma localização expressa por Geo URI
- Sintaxe simples:
geo:x,y
- Exemplo:
geo:-23.5504,-46.634
- Exemplo:
- Sintaxe com incerteza i:
geo:x,y;u=i
- Exemplo:
geo:-23.55,-46.63;u=15
- Exemplo:
Aplicações típicas, tais como a localização de endereços postais, operam de forma satisfatória com a incerteza de 5 a 50 metros. No segundo exemplo, a incerteza eh explicita, de 15 metros: suficiente para o destino do passageiro de um táxi.
Problemas com a GeoURI
- Latitude e longitude é ruim e difícil de lembrar:
- são dois valores (bom seria um só);
- cada valor muito longo!
- A incerteza é um parâmetro a mais.
- Não oferece opção para geocódigos.
Apesar de estável e com mais de 10 anos de idade, o protocolo GeoURI tem sido uma inspiracao mas nao foi amplamente adotado. Um dos motivos eh que o usuário final humano prefere geocódigos curtos e mnemônicos.
Geocódigos são o meio mais curto, hierárquico e mnemônico de expressar localização
- Geocódigos do padrão Geohash são hierárquicos:
6 ⊃ 6g ⊃ 6gy ⊃ 6gyc ⊃ 6gyce ⊃ 6gycex
- No padrão OLC (do PlusCodes) apenas o final:
588MC8QV ⊃ 588MC8QV+C ⊃ 588MC8QV+CJ
- depois a cada dois digitos:
58 ⊃ 588M ⊃ 588MC8 ⊃ 588MC8QV
Geocodigos abertos (licenca CC0 por exemplo) contemplam multiplas finalidades. Quando hierarquicos agregam inteligencia e simplicidade.
Proposta de expansão para incluir geocódigos soberanos
- Sintaxe com jurisdição j:
geo:j~g
- Exemplos:
geo:BR-SP-ITU~7e
;geo:BR-SP-SPA~cdx5
;geo:IE~W23.F854
.
- Exemplos:
- Sintaxe com tipo t:
geo:t:g
- Exemplos:
geo:ghs:6gycdx
;geo:olc:588MC8QV+C
.
- Exemplos:
A primeira opção é baseada no código ISO de 2 letras do pais. A Irlanda (IE) definiu, oficial e soberanamente, seu geocódigo. Outros paises poderiam ainda adotar o ISO de subdivisão, como o ISO 3166-2:BR. São códigos mnemônicos bem conhecidos, ensinados nas escolas (ex. BR-AM é Estado do Amazonas).
A autonomia de cada pais, a liberdade de uso e a hierarquia são as principais diretivas
...
Com geocódigos hierárquicos é possível definir a sintaxe de reuso
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ARTIGO
- Proposta do Brasil para o mundo: Expansão do protocolo GeoURI (RFC 5870 da internet) visando a interoperabilidade de geocódigos nacionais soberanos
- PETER DE PADUA KRAUSS 1
- THIERRY JEAN 1
- EVERTON BORTOLINI 2
- 1 AddressForAll, São Paulo - SP | thierry@addressForAll.org
- 2 Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR | evertonbertanbortolini@gmail.com
Aplicativos e navegadores Web (web browsers) recuperam páginas e outras informações
provenientes de um endereço de IP na rede, através de protocolos tais como o HTTP. Mas o número de
IP, com seus 12 ou mais dígitos, apesar de ter sido utilizado por humanos nos primórdios da Internet, é
horroroso. Hoje a interação humano-Web é quase que integralmente mediada pelo nome de domínio,
muito mais amigável e mnemônico. Analogamente, e dentro do mesmo ecossistema de normas da
internet, o protocolo GeoURI [1], ainda pouco popular apesar dos seus 10 anos de idade, opera com um
código difícil de se lembrar, que é o par numérico de latitude e longitude. A localização GeoURI do
Marco Zero da Cidade de São Paulo, por exemplo, é determinada por “geo:-23.550385,-46.633956”. São
16 dígitos numéricos e 21 caracteres ao todo para serem lembrados.
Em sua forma mais simples, o localizador GeoURI segue a sintaxe “geo:x,y” como no exemplo. Para informar a incerteza i, segue a sintaxe “geo:x,y;u=i”. Aplicações típicas, tais como a localização de endereços postais, operam de forma satisfatória com a incerteza de 5 a 50 metros. Se o destino do passageiro de um taxi for o Marco Zero, é suficiente expressar “geo:-23.55039,-46.63400;u=15”.
Seguindo a analogia com o HTTP, seria interessante que o protocolo GeoURI aceitasse também nomes ao invés de apenas números, para conquistar maior aderência e ser útil em aplicações que exigem interação humana e memorização. Não existem nomes curtos ou siglas para todas as localidades do globo terrestre, todavia, se entendermos que a localização geográfica é uma função da escala, ou de uma hierarquia de escalas, descobriremos que já existem nomes padronizados para os primeiros níveis dessa hierarquia, que são os códigos ISO 3166-2 dos países e suas subdivisões administrativas de primeiro nível. Por exemplo “Brasil, Estado do Amazonas” é geocodificado como “BR-AM"
O geocódigo ISO é primeiramente traduzido em polígono. A coordenada pontual é obtida do centro geométrico do polígono, e a incerteza do raio da circunferência com área equivalente. Podemos assim convencionar que “geo:BR” representa aproximadamente o ponto central do país, algo como “geo:-15.783,-47.867;u=2000000”. O acréscimo da sigla de um estado, como em “geo:BR-SP”, determina um ponto diferente, central ao polígono delimitador do estado, e com uma incerteza menor, algo como “geo:-22.07,-48.434;u=280000”.
Para localizar o ponto desejado com menor incerteza, até a escala de uma dezena de metros, voltamos a um sistema de coordenadas, mas agora um sistema com escopo reduzido, conforme contextualizado pelo nome ISO de subdivisão administrativa. Contextualizando por ex. com “BR-AM”, reduzimos o escopo da superfície terrestre inteira para a área do Amazonas.
Além do sistema de referência otimizado, pode-se adotar um sistema numérico de representação das coordenadas que reduza o número de dígitos. Números hexadecimais (base-16) por exemplo são ~20% mais compactos que decimais (base-10), e mais compactos ainda na base-32. Por exemplo 10 dígitos decimais são reduzidos para 7 a 8 hexadecimais, ou para 6 na base-32.
Existem de fato, e vêm sendo aprimorados desde a década 1970, sistemas de localização por geocódigos [2], tais como por exemplo o sistema Geohash, que dota base-32 e surgiu em 2008; ou o sistema Open Location Code (OLC), lançado em 2014. A localização em Geohash do Marco Zero, com incerteza de 15 metros, é “6gyf4bf1”, com a metade do número de dígitos das coordenadas latitude/longitude que representa. Outro ponto, distante dali em 75 km, a Praça Dom Pedro I, na cidade de Itu (BR-SP-ITU), recebe o Geohash “6gy7et7j”. Como todos os demais pontos do território de Itu são iniciados pelo prefixo Geohash “6gy”, podemos imaginar um geocódigo misto para substituir o prefixo Geohash pelo nome, e separando ambos por “~”, o que resultaria em “BR-SP-ITU~7et7j”. Na prática, para o morador de Itu, seria necessário decorar apenas os 5 caracteres finais.
Geocódigos mistos permitem a manipulação de contexto de forma mais segura, ou seja, humanos podem remover o prefixo sem medo, obtendo códigos mais curtos quando o contexto for evidente.
Nesta perspectiva a presente proposta de expansão do protocolo GeoURI consiste na sintaxe “geo:p~g”, onde p é um geocódigo ISO 3166-2 de país (“BR” para Brasil, “BO” para Bolívia, etc.) com hierarquia opcional (ex. “BR-AM”) e g é um geocódigo qualquer, com padrão estabelecido pelo país. No exemplo da praça em Itu, se fosse oficial, a expressão GeoURI completa seria “geo:BR-SP-ITU~7et7j”.
Para estabelecer referência no contexto inicia-se pelo ponto, por exemplo “geo:.7et7j” se estou em Itu, ou “geo:.ITU~7et7j” se estou em SP; com critérios e formalização dos cenários em que se aplica. Quando um ponto de referência foi definido (“Olá, estamos aqui em geo:.7et7j e você onde está?”), pode-se iniciar pelo sinal de menos, para determinar o ponto vizinho pela diferença dentro da mesma incerteza (“Estou em geo:-b3”), ou seja, supondo o mesmo número de dígitos.
No território delimitado pela Irlanda (IE), nação que já definiu o seu padrão de geocódigo oficial, denominado Eircode, um endereço típico, “W23 F854”, seria expresso como “geo:IE~W23.F854”.
Por fim, para que geocódigos mais populares possam ser expressos diretamente, convencionamos também a sintaxe “geo:t:g”, onde t é tipo de geocódigo, em rótulo curto controlado (por ex. “ghs” para Geohash, “olc” para OLC, etc.). O Marco Zero poderia ser expresso como “geo:olc:588MC9X8+R” ou “geo:ghs:6gyf4bf1”. Os rótulos de tecnologia de geocódigo seriam definidos e limitados por uma curadoria análoga a aquela que define os identificadores de CRS (coordinate reference system).
REFERÊNCIAS:
- [1] Descrição didática do padrão Geo URI. https://en.wikipedia.org/wiki/Geo_URI_scheme
- [2] Conceito de Geocódigo. https://en.wikipedia.org/wiki/Geocode