|
|
Linha 1: |
Linha 1: |
|
| |
|
| Reuso estendido e poster. Passar para [[Geo URI estendida]] | | Reuso estendido e poster. Passar para [[Geo URI estendida]] |
|
| |
| == RESUMO ESTENDIDO ==
| |
| * Grade Estatística do Brasil: uma proposta de melhora orientada a geocódigos hierárquicos e multifinalitários
| |
| * PETER DE PADUA KRAUSS <br/>Instituto de Tecnologias Geo-Sociais AddressForall <br/>Av. Paulista, 171 - 4º andar - São Paulo – SP – Brasil - CEP 01311-904 | http://addressForAll.org | CNPJ: 37.997.382/0001-80
| |
| * RUBENS DE ALMEIDA <br/> GISBI S.A. | http://gisbi.com.b
| |
|
| |
| As normas técnicas e legislativas, relativas a dados espaciais, existem para garantir a coordenação
| |
| entre os diversos agentes, incluindo usuários e produtores dos dados; e, do ponto de vista econômico e
| |
| estratégico, garantem também a soberania do país, no que se refere ao livre acesso aos seus próprios
| |
| dados. Algumas normas se confundem com tecnologias, por detereminarem quais algoritmos devem ser
| |
| aplicados em determinada situação. Outras ainda se encontram emaranhadas pela cultura, por
| |
| especificarem elementos da linguagem, com que os cidadãos se comunicarão entre si ou com os agentes
| |
| e serviços do governo.
| |
|
| |
| A grade estatística oficial de um país é um mosaico de polígonos regulares (triângulos, quadrados
| |
| ou hexágonos) que cobre todo o seu território. Sendo definida por uma norma oficial e estável, a grade
| |
| não muda com o tempo. Sendo espacialmente regular, permite a conversão automática entre grandezas
| |
| extensivas (ex. população contaminada) e intensivas (ex. densidade populacional). Ela é de grande
| |
| importância para a aquisição, preservação, intercâmbio e visualização de dados espaciais.
| |
|
| |
| As grades oficiais européias, por exemplo, são ainda reguladas por uma diretiva que garante a
| |
| compatibilidade entre elas, a norma INSPIRE D2.8.I.2 de 2010 (revisado em 2014). Uma grade única e
| |
| eficiente para todos os países do globo, todavia, só seria possível com a adoção de tecnologias mais
| |
| complexas e sofisticadas, baseadas no padrão DGGS (Discrete Global Grid System) do OGC, de 2017,
| |
| conforme apontam as discussões mais recentes nestes países [1].
| |
|
| |
| No Brasil não existe uma grade oficial, mas existe algo próximo disso. Foi fixada por uma
| |
| especificação do IBGE de 2016 [2], inspirada no padrão europeu e nas tecnologias tradicionais. A Grade
| |
| Estatística do IBGE foi desenvolvida com foco na disseminação de dados estatísticos do IBGE, tendo sido
| |
| utilizada pela primeira vez com os dados do Censo 2010. Ela teria um papel importante no Censo 2020
| |
| (adiado para julho de 2021), por ter sido incorporada em outros processos além da disseminação.
| |
|
| |
| Além de crescer no IBGE, fora dele vem se tornando referência nacional para estudos estatísticos
| |
| em diversas áreas, diversas da análise populacional. Seria natural adotar a Grade do IBGE como grade
| |
| estatística oficial brasileira, exceto por alguns inconvenientes, que podem ser corrigidos.
| |
|
| |
| Para que outros órgãos e empresas privadas adotem a grade, todavia, é necessário resolver os
| |
| desafios de ordem prática, traduzidos pelo objetivo maior de uma grade nacional: ser multifinalitária.
| |
| Tanto no sentdo geral, de ser adotada em aplicações logísticas, no código postal, na cartografia
| |
| territorial, etc. como no sentido estrito, fixado pela diretriz do Estatuto das Cidades de 2001, que defniu
| |
| os cadastros multifinalitários municipais. Desse objetivo nasceu então a presente proposta de adaptação
| |
| da grade IBGE para que se torne de fato uma grade oficial brasileira.
| |
|
| |
| Entre as melhoras viáveis da proposta, destacam-se: mais níveis hierárquicos; identificadores de
| |
| célula (IDs) mais curtos e hierárquicos; hierarquia determinada por prefixo comum (válido como ID da
| |
| célula-mãe); mais opções de representação dos IDs (partindo-se da representação binária em 64 bits) e
| |
| convenções para adoção de terminologia oficial na identificação de polígonos representantes de
| |
| delimitações oficiais, tais como municípios e distritos. O geocódigo proposto, compatível com o
| |
| protocolo Geo URI estendido, também poderá ser utilizado na substituição do CEP (Código de
| |
| Endereçamento Postal) e um novo padrão de prefixo para identificadores de imóveis no contexto do
| |
| SINTER (Sistema nacional de gestão de informações territoriais). Através da representação hierárquica
| |
| em base 16h também é possível fazer uso de mais grades (tamanhos de célula intermediários), e
| |
| padronizar a expressão em base 32 para casos especiais como o CEP. Com esse recurso as listagens de
| |
| geocódigos ficam ordenadas por vizinhança, tal como o padrão Geohash. Pode-se codificar com precisão
| |
| arbitrária as coordenadas de um ponto, e vice-versa, pode-se remover progressivamente caracteres do
| |
| final do código para reduzir sua precisão.
| |
|
| |
| REFERÊNCIAS
| |
|
| |
| [1] “Grade Estatística”, IBGE, 2016. Disponível em: http://geoftp.ibge.gov.br/recortes_para_fins_estatisticos/grade_estatistica/censo_2010/grade_estatistica.pdf
| |
|
| |
| [2] “GSGF Europe - Implementation guide for the Global Statistical Geospatial Framework in Europe”, GSGF Europe, 2019. Disponível em: https://www.efgs.info/wp-content/uploads/geosta/3/GEOSTAT3_GSGF_EuropeanImplementationGuide_v1.0.pdf
| |
|
| |
|
| |
|
| == POSTER == | | == POSTER == |